Maria Eduarda Ferreira da Silva, de 6 anos, que faleceu após receber medicação em um hospital público, foi sepultada na manhã desta quinta-feira (17/4). A menina morava com a família na Cidade Ocidental (GO), região do Entorno do Distrito Federal. O velório foi realizado no cemitério de Valparaíso de Goiás, a partir das 10h. Antes disso, familiares e amigos realizaram um protesto em frente ao hospital onde ocorreu o atendimento.
A morte de Maria aconteceu na manhã da última terça-feira (15/4). Ela havia sido levada ao Hospital Municipal da Cidade Ocidental por volta das 7h17, com sinais de agravamento de uma crise asmática.
Segundo relato da família, a criança recebeu um medicamento intravenoso e, instantes depois, sofreu uma parada cardiorrespiratória, vindo a óbito. Os pais acusam a unidade de saúde de negligência. “Mataram a minha filha”, declarou Ana Alice Ferreira, mãe da menina, de 27 anos. O pai, Eduardo Silva, de 38, reforçou que a filha chegou andando ao hospital, mas morreu minutos depois ao lado da mãe.
Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a mãe não mencionou, inicialmente, o histórico de asma da criança. “Conforme relato familiar, a paciente não apresentava comorbidades ou alergias conhecidas”, diz o comunicado. Segundo a pasta, somente durante o atendimento, às 7h37, a mãe teria informado sobre as crises asmáticas.
A secretaria confirmou que os profissionais de saúde identificaram um quadro compatível com crise asmática exacerbada e prescreveram hidrocortisona 100 mg como parte do tratamento inicial. Pouco depois da administração do medicamento, a menina apresentou uma súbita piora clínica, perdendo a consciência, segundo informou o órgão.
