Federação entre União Brasil e PP deve redesenhar cenário político em Cidade Ocidental

Está prevista para a próxima terça-feira, 30 de abril, a oficialização da federação partidária entre o União Brasil e o Progressistas (PP). Conforme as normas da Justiça Eleitoral, a aliança terá duração mínima de quatro anos e deve atuar de forma unificada nas esferas municipal, estadual e federal. A medida, que integra uma estratégia nacional para fortalecer legendas no Congresso e facilitar articulações políticas, terá efeitos diretos em diversos municípios — inclusive em Cidade Ocidental.

A federação chama atenção localmente por reunir dois grupos políticos que se enfrentaram na última eleição municipal. De um lado, o atual prefeito Lulinha Viana, eleito pelo PP, legenda que também abrigou o ex-prefeito Fábio Correa. De outro, Antônio Lima, que disputou a última eleição pelo União Brasil, partido do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

O novo arranjo gera incertezas e abre espaço para especulações sobre o futuro político da cidade. Seria possível uma fusão entre os grupos hoje adversários? Ou a aproximação forçada pela federação poderá provocar movimentos de evasão para outras siglas, desidratando as forças locais?

O certo é que a formação da federação impõe uma convivência institucional inédita e potencialmente delicada. Na prática, dirigentes e quadros dos dois partidos terão que buscar um mínimo de coesão, inclusive nas eleições de 2026. A depender da condução política, a federação pode representar tanto um pacto estratégico de força quanto um novo foco de tensão no cenário ocidentalense.

A população e os bastidores políticos agora aguardam os próximos movimentos. A federação, embora com metas nacionais, promete provocar um verdadeiro rearranjo nas estruturas políticas de Cidade Ocidental — e talvez, redefinir alianças e lideranças locais para os próximos anos.

Por Jânio Gomes

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